Ser de todos um desprezado,
Sentir a dor por todos ignorada,
Viver para amar e não ser amado,
Só o amargo desengano conhecer.
Talvez tenha de provar amarga taça,
Chorando lágrimas pela desventura,
Mas quando à sombra da eterna sepultura,
Terá o pranto e a prece dos que passam.
Feliz será, se sucumbir nesse tormento.
O sono eterno o livrará do martírio que experimenta
Aquele que na terra sofre o abandono.
Triste será, a vaguear neste espaço.
Talvez à sombra dos ciprestes,
Possa escutar a voz do canto, que possa entender.
Do meu livro: "Palavras Soltas ao Vento"
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Sentir a dor por todos ignorada,
Viver para amar e não ser amado,
Só o amargo desengano conhecer.
Talvez tenha de provar amarga taça,
Chorando lágrimas pela desventura,
Mas quando à sombra da eterna sepultura,
Terá o pranto e a prece dos que passam.
Feliz será, se sucumbir nesse tormento.
O sono eterno o livrará do martírio que experimenta
Aquele que na terra sofre o abandono.
Triste será, a vaguear neste espaço.
Talvez à sombra dos ciprestes,
Possa escutar a voz do canto, que possa entender.
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