Cheguei ao fim de dura caminhada,
Tão cansado de sofrer que me perdi!
Neste estranho mundo que conheci
Olho em meu redor e vejo que não sou nada!
Construí montanhas de ilusões
Que destruí com trágicas paixões,
Que atirei ao mar e não voltaram,
Como barcos que partiram e naufragaram,
Neste mar morto, sem ondas e sem marés,
Onde navego no sonho que se desfaz
Em rochedos de sol ou ilusões mortas!
Sou neste imenso mundo, um desterrado,
Pisando o mesmo chão dos deserdados,
Julgando ter tudo... e não tenho nada!
Do meu livro: "Palavras Soltas ao Vento"
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