quarta-feira, 24 de setembro de 2008

NÃO TENHO NADA



Cheguei ao fim de dura caminhada,
Tão cansado de sofrer que me perdi!
Neste estranho mundo que conheci
Olho em meu redor e vejo que não sou nada!

Construí montanhas de ilusões
Que destruí com trágicas paixões,
Que atirei ao mar e não voltaram,
Como barcos que partiram e naufragaram,

Neste mar morto, sem ondas e sem marés,
Onde navego no sonho que se desfaz
Em rochedos de sol ou ilusões mortas!

Sou neste imenso mundo, um desterrado,
Pisando o mesmo chão dos deserdados,
Julgando ter tudo... e não tenho nada!





Do meu livro:  "Palavras Soltas ao Vento"


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