
Subi ao alto
Do meu castelo,
A contemplar o mar,
O prado, a montanha!
Dirigi o meu olhar
A te procurar
Mas sem te encontrar!
Em que longínquas paragens
Poderás tu andar...
Sem rumo, sem norte
Ou amor que conforte?
Esperei na tarde
A tua chegada.
À espera fiquei
Na noite gelada.
Meu sonho morreu
Ao romper da alvaorada.
Ficou-me a solidão
Da noite fechada.

O amor
Que de ti dimana,
Diva celeste,
Amante e esposa,
Me faz cantar
Em coro a serenata
Neste deserto plano
Ou mesmo
No vale sombroso
Quando vem de ti
A voz tão encantada.
Folha de rosa,
Ó flor de amantes!
Bela e formosa,
Em ti há sempre encanto...
Folha de rosa!
Adoro ver teu retorno
Aonde foste sorriso e flor...
E a pensar no nosso
Sacro amor,
Sempre sinto e guardo
Uma pena de paixão,
Por ver-te em delírio
Ao ouvires
A minha canção.

